EU TE AMO NÃO É BOM DIA!

"Eu te amo não é bom dia!"

Uma amiga contou-me algo que me fez pensar. Disse que quando seu namorado disse a ela "Eu te amo" ela não conseguiu dizer o mesmo a ele. Não que ela não gostasse dele. Mas amar? E dizer? Era demais para ela. Ela precisava de mais tempo.

E se ela dissesse que o amava? O que fazer depois se ele não fosse "o cara"? E será que existem "os caras"? Porque, ultimamente, eu já nem sei. Mas confesso que ainda tenho um restinho de esperança romântica no fundo da minha alma. Que os racionais não me ouçam!

Mas o fato é que hoje em dia as pessoas falam "Eu te amo" muito facilmente. Falam como se fosse "Bom dia". Devia ser muito mais bonito antigamente, quando o casal passava um bom tempo somente trocando olhares. Levavam muito mais tempo até se beijarem e mais ainda até dizer que amavam um ao outro. Parece-me que, ao longo dos tempos, o encanto dessa frase tão significativa se acabou. E hoje, posso quase dizer que seu significado se esvaiu.

Hoje, até pessoas que se vêem a primeira vez dizem que se amam. Por exemplo: outro dia vi um seriado onde uma menina chegando à escola, deixava cair todas as folhas do seu trabalho e elas saíam voando. Um rapaz ajudava-a a pegar as folhas e ela dizia pra ele em agradecimento: "Obrigada por me ajudar! Eu te amo por ter feito isso!". Ou qualquer coisa do tipo, não lembro o diálogo correto. Mas só aí podemos ver que para certas pessoas, os valores e sentimentos estão meio confusos.

Minha amiga, que citei no começo do texto, disse que amava seu namorado. Não na mesma hora. Não em agradecimento ao que ele falou. Mas sim quando sentiu que devia. Quanto ela percebeu que seria verdadeiro o que ela ia dizer. Enfim, quando ela realmente SENTIU que o amava. Que nossos corações sintam o que dizemos, não só o amor, mas todos os outros sentimentos. Que o que falemos não seja da boca pra fora, mas do coração pra dentro. E que nos guardemos de externar sentimentos que não sejam bons. Que esses, fiquem não da boca pra fora, nem do coração pra dentro, mas sim, da alma pra fora.